Entre as novidades, competição de 2015 terá retorno da classe Bico de Proa e envolverá a Semana de Monotipos

 

A principal competição de vela oceânica da América Latina chega à 42ª edição neste ano, aproximando-se ainda mais dos velejadores, principais personagens do evento que mobiliza a Capital Nacional da Vela. A parceria estabelecida entre a Prefeitura Municipal e o Yacht Club de Ilhabela (YCI) trará de volta os barcos da classe Bico de Proa à Ilhabela Sailing Week (ISW) e ainda envolverá a Semana de Monotipos, unificando os dois campeonatos e privilegiando os competidores de ambas as disputas. Os monotipos correrão de 3 a 5 de julho, enquanto a ISW seguirá até o dia 11.

 

Com a inclusão da Bico de Proa, decidiu-se manter a participação na RGS Cruiser conforme regra da última edição, excluindo-se a obrigação de os vencedores mudarem de divisão. A restrição está extinta para que cada comandante opte pela classe mais adequada. Outra novidade é o lançamento oficial da classe HPE 30, que levará quatro barcos à raia.

 

“A Prefeitura Municipal de Ilhabela sempre apoiou a Ilhabela Sailing Week, mas neste ano está consolidando a tradição náutica da cidade e reforçando o compromisso com os velejadores”, enfatiza Carlos Sodré, o Cuca, diretor da Comissão de Regatas. “Será um ganho para os participantes e para a comunidade porque estarão mais envolvidos pela atmosfera da vela. Manteremos a qualidade e tornaremos o evento mais democrático”, assegura Cuca.

 

Estão convidadas as classes: ORC, IRC, BRA-RGS, RGS Cruiser, S40, Star, HPE 25, C30, Mini e Clássicos, além do retorno da Bico de Proa e da estreia da HPE 30. A primeira regata da Ilhabela Sailing Week, opcional neste ano, será a Alcatrazes por Boreste Marinha do Brasil, a mais longa do campeonato, com 60 milhas (110 km), em homenagem aos 150 anos da Batalha do Riachuela. Os barcos com 30 pés, ou menos, correrão a prova Ilha de Toque-Toque. As largadas em todos os dias estão previstas para meio-dia.

 

 

LEGIÃO DE FORASTEIROS NA 42ª ILHABELA SAILING WEEK

 

Barcos da Argentina, Uruguai e de outros estados brasileiros já confirmaram inscrição.

 
Mais de um terço dos barcos inscritos para a Ilhabela Sailing Week virão de longe para competir na Capital Nacional da Vela entre 3 e 11 de julho. Com sede no Yacht Club de Ilhabela, a 42ª edição do evento já tem presença confirmada de tripulações da Argentina, Uruguai, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Uma legião de velejadores argentinos e uruguaios estará de volta à raia em Ilhabela neste ano, embarcados no Brisa, do Club de Regatas La Plata; no Cristabella, do Yacht Club Uruguayo e em mais quatro veleiros da classe Star que representarão o Yacht Club Olivos e o Yacht Club Argentino, ambos de Buenos Aires. O Cristabella já pertenceu a um brasileiro, o velejador Marcelo Massa, que levou o barco à vitória no Circuito Ilhabela de vela oceânica, atual Copa Swift Sport, em 2008. Também teve presença assídua na Ilhabela Sailing Week e em Regatas Santos-Rio na década passada.
DSC_0887Em 2014, muitos velejadores do cone sul, frequentadores regulares das regatas em Ilhabela, estiveram no Brasil algumas semanas antes da competição. Optaram por acompanhar seus países na Copa do Mundo de futebol. Neste ano estão de volta. “É sempre um prazer recebermos tripulações de outros países, como de nossos parceiros, Yacht Club Argentino e Yacht Club Uruguayo, e também de outros estados brasileiros. Além de elevar o nível técnico das regatas, a confraternização pelo esporte se torna mais intensa”, afirma o diretor de Vela do Yacht Club de Ilhabela, Carlos Eduardo Souza e Silva, o Kalu.
Todas as rotas levam a Ilhabela – A esquadra carioca também navega rumo a Ilhabela, trazendo entre outras embarcações, Kalimera, Shawarma Express, Tô Nessa, Ventaneiro, Maestrale, Petit Prince, Santa Fé, Kibyxu, Lucky, Xavanti e Miisca (Star). Os barcos da HPE 25 , Arretado, Relaxa e Carioca Fiote, também do Rio de Janeiro, disputaram o Campeonato Brasileiro da classe no último fim de semana de maio e permanecerão no Yacht Club de Ilhabela, assim como o Tereza (RS) e o Força 12 (SC). O Surfer Spirit (RJ) é mais uma presença garantida entre os HPE.
Os veleiros que vêm do Sul, com sorte podem fazer a navegação costeira impulsionados por uma frente fria em direção ao Canal de São Sebastião. San Chico, Itajaí Sailing Team, Zeus, Viva Extraordinário e outros barcos já confirmaram presença na Ilhabela Sailing Week 2015. O Zeus Team terá como desafio defender o título da competitiva classe C30 conquistado em 2014. O mesmo vale para o barco carioca Lucky, vencedor da RGS B na edição anterior, enquanto pelo menos quatro barcos da Escola Naval do Rio de Janeiro, representando a Marinha do Brasil, brigarão pelo bicampeonato na disputa por equipes.

 

 

MARINHA DO BRASIL, QUASE TRÊS DÉCADAS DE EFICIÊNCIA NA ILHABELA SAILING WEEK

 

Há 26 anos os barcos da Marinha abrilhantam e atestam a credibilidade da principal competição de vela oceânica da América Latina

 

A 42ª Ilhabela Sailing Week contará com o prestígio da Marinha do Brasil e de seus dedicados velejadores, tanto da Escola Naval, do Rio de Janeiro, quanto do Colégio Naval, de Angra dos Reis. Há quase três décadas a importância da competição tem levado anualmente os veleiros tripulados por aspirantes e oficiais ao Yacht Club de Ilhabela para correr na Capital Nacional da Vela.

 

O envolvimento com a Ilhabela Sailing Week levou a Marinha além da participação de seus barcos. Tornou-se parceira do evento. Ao longo dos anos, fragatas e outros navios, como o Cisne Branco, deram o tiro de largada para a abertura da competição. A Regata Alcatarzes por Boreste, incluída na programação em 1999, passou a ser disputada em homenagem à Marinha. Neste ano, a tradicional prova será “Regata Alcatrazes Marinha do Brasil em homenagem aos 150 anos da Batalha Naval do Riachuelo”, travada em 1865 no rio Riachuelo, um afluente do rio Paraguai, na província de Corrientes, Argentina.

 

Em 2014, o Grêmio de Vela da Escola Naval teve o privilégio de vencer a primeira edição da disputa por equipes na Ilhabela Sailing Week. “Neste ano temos uma motivação a mais, vamos defender o título por equipes. Esse tipo de disputa é muito comum nas regatas da Inglaterra. Foi uma ideia ótima do Yacht Club de Ilhabela”, afirma o instrutor de vela Ricardo Lebreiro, o Riquinha, 62 anos, dos quais 30 dedicados aos alunos da Escola Naval.

 

A equipe campeã em 2014 contou com os barcos Brekelé, Quiricomba, Dourado e Bijupirá para conquistar o troféu de posse transitória Pen Duick II, veleiro que levou o navegador francês Éric Tabarly a vencer a regata transatlântica inglesa Ostar em 1964. Neste ano, Marlin e Albatroz também devem representar a Marinha na Ilhabela Sailing Week. Riquinha será novamente o técnico da flotilha. O Quiricomba foi campeão na RGS A em 2013 e vice em 2014, enquanto o Albatroz vem de duas medalhas de bronze seguidas na RGS B.

 

Duas voltas no planeta, velejando e ensinando – Neste ano, o time da Marinha mais uma vez estará completo para competir. “Levaremos mais de 50 velejadores a Ilhabela. Nossas embarcações têm comandante, imediato, navegador, chefe de convés, intendente, funções que a maioria dos barcos civis não tem. Essa cancha proporciona aos aspirantes, assumir posto em qualquer navio, após se tornarem oficiais. Eles adquirem muito conhecimento em marinharia”, orgulha-se Riquinha, com quase duas voltas e meia em torno da Terra, acumuladas em regatas e viagens pela Escola Naval.

 

“Somadas, são mais de 51 mil milhas, incluindo-se deslocamentos e competições. Lembro-me de cinco vezes a Salvador-Rio, 25 Santos-Rio, 18 Semanas de Ilhabela, fora circuitos no Rio de Janeiro, Búzios, Florianópolis, Ubatuba e Angra dos Reis”, relata o técnico de vela que leva sentimento especial pelo Yacht Club de Ilhabela (YCI), não apenas pela lembrança de regatas disputadas no Canal de São Sebastião.

 

Ação rápida no YCI – “Estávamos correndo a Santos-Rio há alguns anos com o Bijupirá, um Beneteau 40.7. O barco começou a fazer água. Estava adernado, com vento leste, e por isso a bomba para extrair a água não pegava direito. Depois de checagem geral nos equipamentos não detectávamos a origem da água a bordo”, conta Riquinha, que chegou a se preocupar com a segurança de seus alunos.

 

“Além da bomba, usávamos dois baldes, mas não adiantava. Na Ponta do Boi (sul de Ilhabela) a situação começou a ficar crítica. A velocidade do barco caiu de repente de oito para quatro nós. Foi então que vi a vela-balão boiando acima da cama na cabine de proa e constatei que uma camiseta havia entupido o paiol. A água entrava por cima e não tinha como sair”, relata o instrutor que a essa altura já havia acionado a estação Delta 24 (sala-rádio do YCI).

 

“A caixa de âncora estava uma piscina e a água batia no joelho da garotada. Pensei: vou afundar. A proa entrou na água como um submarino, até o mastro. Depois voltou para trás”, enaltece. Com o inusitado problema detectado, a experiência de Riquinha e dos alunos fez com que a embarcação se mantivesse à tona. “A Delta 24 acionou a Marinha. Com muita competência, as meninas da sala-rádio coordenaram toda a operação de salvatagem madrugada adentro. Depois, paramos no YCI e no dia seguinte retiramos quase cem baldes d’água de dentro do barco. Sou muito grato ao Yacht Club de Ilhabela”.

 

 

Campeões da Copa Swift Sport também competem na Ilhabela Sailing Week

 

Os barcos campeões nas várias classes disputadas nos dois últimos finais de semana de maio pela 2ª Etapa da Copa Swift Sport permanem na Capital Nacional da Vela aguardando a 42ª Ilhabela Sailing Week (ISW). Asbar Total Balance (RGS Geral), Jambock (RGS Cruiser), Caballo Loco (C30), Suzuki Bond Girl (HPE25) e Carcamano (Star) têm presença confirmada na maior competição de oceano da América Latina. O campeão brasileiro de HPE, Magoo, também estará na raia a partir de 3 de julho.

 

As regatas da Copa Swift Sport permitiram que mais de 40 veleiros fizessem o reconhecimento da raia e se preparassem adequadamente. Por isso a segunda etapa do Circuito Ilhabela de vela oceânica é considerada como Warm Up para a ISW. As provas também foram válidas pelo Campeonato Brasileiro, para a classe HPE. As tripulações velejaram sob as mais variadas condições de vento.

 

“Fizemos três regatas com vento sul e outras três com leste. Uma com vento forte e outra com intensidade mais fraca. Quem ajustou o barco foi Juninho Jesus, velejador de Ilhabela. Prevaleceu a experiência dele”, considerou Augusto Falletti, comandante do Magoo, campeão brasileiro de HPE e terceiro colocado na etapa da Copa Swift Sport, vencida pelo Suzuki Bond Girl. “A classe está evoluindo. Esperamos 20 barcos da HPE na Ilhabela Sailing Week. A maioria vai manter o veleiro aqui na ilha até julho”, projetou o comandante do Suzuki Bond Girl, Rique Vanderley.

 

Na RGS Geral, o Asbar Total Balance venceu quatro das cinco regatas para garantir o título da etapa. Para o comandante Sérgio Klepacz, a mão de obra local fez a diferença. “Estamos na luta há 15 anos, sempre trazendo a bordo tripulantes de Ilhabela, que tem potencial para se tornar um grande celeiro de velejadores para o Brasil”, avaliou Keplacz. Na RGS Cruiser, o campeão Jambock viveu a mesma situação, com quatro vitórias. “Nossa referência é o BL3 (vice). Eles velejam muito. É uma honra superá-los”, comemorou o comandante do Jambock, Marco Ongarelli.

 

A classe C30, sempre competitiva e equilibrada apresentou o Caballo Loco como campeão da etapa. Venceu duas regatas, mas a regularidade fez com que ficasse dois pontos à frente do Porsche, que cruzou a linha de chegada três vezes em primeiro lugar. “Como as regatas da classe são muito apertadas, os treinos e a união da tripulação é que fazem a engrenagem girar”, analisou o trimmer (regulador de velas) do Caballo Loco, Pablo Furlan. A classe Star, novidade na Copa Swift Sport, teve o Carcamano como vencedor. “A ativação da Star em Ilhabela, tanto na Copa como na ISW está sendo muito importante para a classe”, comentou o timoneiro do Carcamano, Marcelo Bellotti, ja pensando na Ilhabela Sailing Week.

 

 

Campeões da 41ª Ilhabela Sailing Week:

 

S40 – Pajero (Sérgio Rocha)

C30 – Zeus (Inacio Vandresen)

HPE – Ginga (Breno Chvaicer)

ORC A – Seu Tatá (Paulo Cesar Haddad)

ORC B – Lucky V (Ralph de Vasconcellos Rosa)

ORC C – Bravísismo 4 (Ian Muniz)

ORC Geral – Seu Tatá (Paulo Cesar Haddad)

IRC – Rudá (Guilherme Hernandes)

RGS A – Montecristo (Julio Cechetto)

RGS B – Total Balance (Sérgio Klepacz)

RGS C – Azulão (Marcelo Polonio)

RGS Cruiser – BL3 (Clauberto Andrade)

RGS Geral – Azulão (Marcelo Polonio)

Por equipes – Escola Naval (Bijupirá/Breklé/Dourado/Quiricomba)

Sul-Americano de Star – Lars Grael/Samuel Gonçalves

Sul-Americano de ORC 500 – Seu Tatá (Paulo César Haddad)

Sul-Americano de ORC 600 – Orson (Carlos Eduardo Souza e Silva)

 

A 42a. Ilhabela Sailing Week tem organização do Yacht Club de Ilhabela e patrocínio de Mitsubishi Motors. Os apoios são de North Sails, Prefeitura Municipal de Ilhabela, CBVela, Marinha do Brasil, Yacht Club Argentino e Full Time.

 

Site e fan page estão no ar – A 42a. edição da Ilhabela Sailing Week já tem site e fan page no ar.

 

Para conferir as novidades acesse:

site oficial : ilhabelasw.com.br

Fanpage no Facebook: ilhabelasw