por Reabi Clínica

 

A Leishmaniose é uma doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania e transmitidos pela picada de pernilongo flebotomo. Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como “ferida brava”. A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea.

 

Existem poucos produtos disponíveis que possuem indicação em bula contra a picada do flebótomo. A melhor opção é a utilização de coleiras/produtos impregnadas de Deltametrina, tal como é recomendado pela Organização Mundial de Saúde. O efeito da coleira é repelente, justamente para evitar a picada do inseto; a coleira é uma importante arma contra a doença.

 

Além disso, existe vacina para leishmaniose. Ela previne que 80 a 95% dos cães se infectem com leishmania pela picada do inseto. Na verdade, a vacina contra a leishmaniose pode apresentar um efeito bloqueador de transmissão, capaz de interromper o ciclo epidemiológico, isto é, torna o animal não transmissor da doença. A vacina tem cobertura de mais de 90% – afirmam os especialistas – e não é possível confundir infectados com vacinados.

 

Tratamento é uma forma de controle individual, mesmo porque ocorrem recidivas mais frequentes no cão. Eutanásia é a última forma de controle e, de fato, a menos eficiente. Em 2008 foi oficializada uma portaria do Ministério da Saúde e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento dizendo que não é crime tratar um cão contaminado por leishmaniose, o que é crime é usar remédios humanos para o tratamento.

 

Apesar de o homem possuir uma resposta imunitária muito mais eficaz contra a leishmania do que o cão, ele pode sim contrair a doença. Estas chances aumentam especialmente em crianças, idosos ou adultos com a imunidade prejudicada, como por exemplo, portadores do vírus da AIDS. O tratamento, quando necessário, possui uma elevada taxa de sucesso.

 

Dia 20 de Agosto é o dia Nacional de Combate a Leishmaniose e, todos os anos promovemos uma ação na Reabiclinica para alertar as pessoas e proprietários para a importância desta doença. No ano passado tivemos dois casos diagnosticados na Clínica. Ambos foram a óbito.

 

Agradecemos a todos os clientes que compareceram e aos laboratórios CEVA, ZOETIS e MSD.

 

Para saber mais e manter seu cão livre deste perigo, consulte um médico veterinário.

 

*Reabi Clínica – Rua Goiás, 179 – Barra Velha | (12) 3896-3145.